quarta-feira, 3 de agosto de 2011

La maison dieu

Se dez batalhões viessem à minha rua 
E vinte mil soldados batessem à minha porta 
À sua procura 
Eu não diria nada 
Porque lhe dei minha palavra 

Teu corpo branco já pegando pêlo 
Me lembra o tempo em que você era pequeno 
Não pretendo me aproveitar 
E de qualquer forma quem volta 
Sozinho p'rá casa sou eu 

Sexo compra dinheiro e companhia 
Mas nunca amor e amizade, eu acho 
E depois de um dia difícil 
Pensei ter visto você 
Entrar pela minha janela e dizer 
- Eu sou a tua morte 
Vim conversar contigo 
Vim te pedir abrigo 
Preciso do teu calor 

Eu sou 
Eu sou 
Eu sou a pátria que lhe esqueceu 
o carrasco que lhe torturou 
o general que lhe arrancou os olhos 
o sangue inocente 
de todos os desaparecidos 

O choque elétrico e os gritos 
- Parem por favor, isso dói 

Eu sou 
Eu sou 
Eu sou a tua morte 
Vim lhe visitar como amigo 
Devemos flertar com o perigo 
Seguir nossos instintos primitivos 
Quem sabe não serão estes 
Nossos últimos momentos divertidos? 

Eu sou a lembrança do terror 
De uma revolução de merda 
De generais e de um exército de merda 
Não, nunca poderemos esquecer 
Nem devemos perdoar 
Eu não anistiei ninguém 

Abra os olhos e o coração 
Estejamos alertas 
Porque o terror continua 
Só mudou de cheiro 
E de uniforme 

Eu sou a tua morte 
E lhe quero bem 
Esqueça o mundo, vim lhe explicar o que virá 
Porque eu sou, eu sou, eu sou.


R.R.F

3 comentários:

  1. Oi, Jean.

    Aqui é a Isie. Eu te enviei uma carta tempo atrás, quero saber se recebeu e se está tudo bem. Será que você poderia entrar em contato comigo? isiefernandes.contato (gmail.com)

    Não tem nada a ver com a Gi, é sério, ela nem sabe que eu tô te procurando, pouco tenho conversado com ela esses dias. Apenas me lembrei de você.

    Grande abraço,

    Isie ou Dai, tanto faz. =P

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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